Tatiana Robles
A folha do calendário finalmente vira
De novo, na cobertura, todos reunidos
Esperanças e sonhos que se renovam
Em meio a champagne, abraços e risos
Abafados apenas pelos fogos de artifício
A estourarem no céu
Olho para o chão
E os garis continuam lá recolhendo o lixo
Tudo igual, noite qualquer
Subindo e descendo do caminhão
Tento imaginá-los como os coletores dos sonhos desfeitos
Durante aquele ano que passou
Mas não...
Para alguns, a folha do calendário nunca vira
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